quarta-feira

Seja bem vinda ao novo modelo de negócio - o Fast Fashion !

Coluna Trend by Woman (TBW) por Mariana Yoshimoto

Hoje não sabemos como viver sem: celular, google, internet e redes de fast fashion (como Zara e H&M).

unique selling proposition das redes fast fashion é : vender alto conteúdo de moda a preço baixo com alta velocidade de resposta do mercado. Os principais grupos que lideram esse novo tipo de negócio no mundo são: Inditex e H&M (Hennes & Mauritz). Apesar de terem os mesmos objetivos, as duas cadeias adotam estratégias bem diferentes uma da outra.

O grupo espanhol Inditex hoje é formado por: Zara (que em 2009 representou 64% do faturamento do grupo), Pull & Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, Zara Home e Uterque. A principal caracteristica do grupo é uma alta integração vertical nos negócios, que permite reduzir o tempo de produção e do estoque.

Eles contam com 1.237 (em 2010) fornecedores em todo o mundo (512 na Europa e 481 na Ásia) com uma capacidade de produção superior a 20.000 unidades.

A gestão da distribuição de roupas, calçados, itens para casa e acessórios é feita nos 11 centros de distribuição espalhados pela Espanha, que entregam a cada 2 semanas novas cargas em cada uma das 1.483 lojas espalhada pelo mundo. Em 2011, a Zara entrou no mundo ".com" e hoje é possível fazer compras on-line em 11 países.

Já o grupo sueco H&M é formado por: H&M, Monki, Weekday e Cheap Monday. Se você nunca ouviu falar dessas marcas, com exceção da H&M, não se assuste, porque o grupo demonstra intenção de concentração no hemisfério norte, principalmente no norte da Europa, já que 44% do faturamento é gerado por Alemanha, Suécia, Inglaterra e Holanda.

A estratégia de negócio do grupo é diferente da Indetex. Eles possuem 16 escritórios de produção em todo o mundo que coordenam a compra dos produtos de 700 fornecedores independentes. E no escritório da Suécia, um time de estilistas criam as coleções que são entregues a cada 2 semanas nas 2.209 lojas.

A rede H&M começou a ter maior notoriedade na mídia, a partir de 2004, quando foram realizadas parcerias com nomes poderosos da moda como: Karl Lagerfeld, Lavin... o que gerou um melhor posicionamento na percepção da marca, as vendas subiram e principalmente, o movimento nas lojas aumentou intensamente.

Muitos criticam a qualidade das roupas das redes e até o mesmo o estilo dos negócios, já que acaba criando um problema para as lojas que trabalham entre os modelos de entrada e alto luxo (poderíamos pensar como exemplos no Brasil: Costume, Guarana Brasil, Le Lis Blanc, M.Officer...). Porém, acredito que hoje seja um dos meios mais interessante para a disseminação de conteúdo moda. Digamos que através dessas redes, cria-se uma educação sobre estilo, moda, que talvez até então fosse menos difundida.

Agradando ou desagradando, hoje deve ser quase difícil achar uma pessoa que nunca tenha entrado na Zara, caído em tentação e comprado uma pecinha.

Abraços,
Mariana.