terça-feira

No mês das mulheres, nada melhor que entendê-las

Não é de hoje as mulheres vêm sendo objeto de estudo comportamental por institutos de pesquisas e empresas. Isto se deve pelo fato do mercado feminino ser apontado como uma das mais acentuadas tendências de crescimento do mundo.
No mês de março, em especial, empresas se voltam para entregar campanhas direcionadas a elas, homenageando-as pelo dia 8 de março – Dia Internacional das Mulheres.
Depois vem o dia das mães, dos namorados e elas, as mulheres, comprando e consumindo como nunca.
E o que as empresas têm disponível no mercado para entender essas mulheres e acertar no marketing para elas?
Como uma das ferramentas consolidadoras e impulsionadoras, a Internet tem sido uma das principais fontes não apenas de venda, mas também de análise e identificação de comportamentos característicos femininos, uma vez que a participação das mulheres neste canal é cada vez maior. Mas, a estratégia digital tem que ser alinhada com o conhecimento real de quem está por trás daquele perfil.
Foi pensando nestas consumidoras e shoppers que dois “produtos” foram lançados pela Delas! Mkt, – consultoria focada no mercado feminino – que com estratégias diferenciadas possibilita às empresas vivenciarem e interagirem com as mulheres. Esses produtos são: Netnografia Feminina e Woman Thinkiing.
A Netnografia Feminina trata-se de um estudo realizado pela Delas! Mkt via web, que analisa as interações entre as mulheres no mundo social online por meio de redes sociais, blogs, grupos de discussões, entre outros – para atender objetivos cruciais para as empresas, como:
  • Mapear a percepção do público sobre uma campanha/ ação/ serviço/ produto/ evento/ etc;
  • Conhecer hábitos e comportamentos da mulher;
  • Identificar possíveis tendências de consumo;
  • Buscar insights estratégicos para a empresa;
  • Avaliar a reputação de uma marca;
  • Evitar e/ou gerenciar crises de imagem;
  • Medir e avaliar o boca-a-boca na web.
Já o Woman Thinking, com foco também no entendimento do comportamento feminino, é um workshop que coloca em prática os ensinamentos do famoso filme “Do que as mulheres gostam”.
O projeto consiste em um dia de imersão no universo feminino, em que equipes multidisciplinares da própria empresa são colocadas em uma sala para pensar com “a cabeça da consumidora” sobre determinados temas em questão.
Como resultado final o exercício objetiva decifrar e direcionar as conclusões para que colaborem no processo de desenvolvimentos de produtos, serviços e também nas ações de comunicação e marketing para atingir o público alvo de forma mais assertiva. A intenção é que as melhores idéias já saiam prontas para serem executadas.
Com estes dois novos produtos é possível afirmar que as empresas terão importantes ferramentas de análise para enfim entender suas consumidoras e compradoras.

segunda-feira

Women Radar - ferramenta para o mercado feminino

A especialista de marketing feminino da Delas! Mkt - Cinthia Almeida em parceria com a especialista de marca - Elaine Ishibashi trazem ao mercado uma nova ferramenta -  a W/Radar.

Women Radar - a W/Radar é uma ferramenta que serve de estímulo a geração de insights para produtos e serviços focados em mulheres que possuem o poder da compra, público que evolui em processo acelerado e se torna cada vez mais exigente, descartando todo e qualquer tipo de estereótipo.

Serão produzidos dois relatórios (Inspiration Paper e Buzz Report) para falarem sobre o universo feminino das shoppers.

O relatório Inspiration Paper é um report bimestral, que trará matérias sobre inovações, tendências e pesquisas relacionados à compradora brasileira (incluindo um ESPECIAL com dados do mercado feminino nesta primeira edição).

O Buzz Report é um relatório mensal com foco em notícias e na agenda de eventos do mercado feminino. Serão mencionadas ações, campanhas e lançamentos.

O foco desta nova ferramenta é proporcionar às empresas uma visão profunda do mercado feminino das shoppers, que detêm 80% da decisão de compras.

Além dos relatórios as profissionais ainda serão responsáveis pelo gerenciamento de um "club de networking para profissionais de marketing".

Para saber mais informações, acesse: www.womenradar.com.br.

sexta-feira

O empreendedorismo no Brasil e as mulheres empreendedoras


No mês de novembro aconteceu a Semana Global do Empreendedorismo (de 14 a 20/11) em todo o território brasileiro promovida pela Endeavor no país, com atividades destinadas a alavancar o empreendedorismo.

De acordo com o levantamento da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) o Brasil registrou em 2010 o melhor desempenho nos 11 anos em que participou da pesquisa.

A Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) foi de 17,5% da população adulta, o que significa que, de cada 100 brasileiros de 18 a 64 anos, mais de 17 são empreendedores em negócios com até três anos e seis meses de atividade. São 21,1 milhões de pessoas. Em relação a 2009, a TEA do país subiu 2.2 pontos porcentuais.

O levantamento mostra também que 22,2% dos empreendedores têm entre 25 e 34 anos de idade.

E aqui fica o ponto de destaque deste artigo:  os homens voltaram a superar as mulheres, respondendo por 51% do total de empreendedores no país, sendo que em 2009 as mulheres representaram 53%. 

Isto prova a presença maciça dos homens no mercado de trabalho em geral e também no empreendedorismo.

O que não quer dizer que as mulheres não tenham avançado neste setor (empreendedorismo), pelo contrário, o crescimento da participação delas é bem significativo nos últimos anos, passando de 35% em 2006 para o ápice em 2009 – com 53% e retornando para 49% em 2010.

Porém, ainda temos algumas barreiras burocráticas que pesam mais para as mulheres, tais como a falta de tempo, muitas vezes, devido aos afazeres do lar que ainda são de responsabilidade majoritária delas. E que pode causar a interrupção de um projeto empreendedor.

Outra barreira: a própria visão das empresas em relação ao papel feminino. Vale aqui contar um pequeno exemplo, mas que reflete bem o que quero passar.

Se você for a uma livraria e observar como eles dividem os departamentos de revistas saberá do que estou falando. Todas as revistas ditas como “femininas” (de moda, decoração, fofoca e culinária) ficam de um lado e todas as revistas segmentadas como “masculinas” (de carros, mulheres, tecnologia, games e negócios) ficam do outro lado.

Se você é uma mulher empreendedora terá que adentrar o universo “masculino” para pegar uma revista de negócios, ou seja, o mundo dos negócios ainda é separado para o homem.

Exemplo simples, mas que demonstra o quanto ainda as mulheres têm que trilhar para conquistar melhores índices de participação ativa no empreendedorismo.

terça-feira

Pense Rosa – empresas já aderiram


O mês de outubro já conhecido por ser o mês da campanha de prevenção do Câncer de Mama, a cada ano alcança mais adeptos para movimentos que vão desde caminhadas para mulheres até iluminação de monumentos públicos conhecidos no Brasil adentro.\

Neste ano observamos que algumas empresas privadas também aproveitaram a oportunidade da responsabilidade social para estabelecer um Marketing do Bem, como foi o caso da H. Stern.

A loja da Oscar Freire abriu suas portas um pouco antes de outubro para vender acessórios da ONG Orientavida, arrecadando verba para os projetos solidários da campanha Pense Rosa, que tem como foco o combate ao Câncer de Mama através da capacitação e da informação das mulheres.

É muito bom poder ver que companhias de diferentes segmentos estão aderindo o que antes era puxado por empresas da área da saúde e governamentais.

Afinal, umas das evoluções do marketing feminino, como relatado pela autora Faith Popcorn em seu livro Público-alvo: Mulher é: pense que para mulher tudo tem importância, ou seja, não a convença de que seu produto ou serviço é bom, pratique ações que a façam ter orgulho da sua empresa em diferentes contextos, porque assim ela dará importância para sua empresa. 


segunda-feira

Engaje-as


Aconteceu nos dias 27 e 28 de setembro o Fórum de Marketing e Customer Trends realizado pela HSM. Respeitados profissionais do marketing nacional e internacional apontaram as novas estratégias e tendências sob diferentes óticas relacionadas à marca, às redes sociais, ao comportamento do consumidor, ao marketing de luxo, à inovação e à co-criação.


Aproveitando-se deste evento foi possível extrair algumas palavras- chave que são essenciais para direcionar estratégias e conseqüentemente vender para mulheres.


Dentre todos os assuntos que foram tratados, uma palavra em especial se destacou por ter sido mencionada por todos os gurus do marketing – engajamento.


Talvez seja até um pleonasmo falar em “engajamento” na hora de vender para mulheres, já que estas em sua maioria, só se encantam (e isto se refere à compra seguida de recompra) por marcas que realmente consigam fazer com elas se engajem.


Mas o ato de engajar não é tão simples assim! É preciso saber o que sua cliente considera importante. É essencial conhecer esses valores para alcançar a fidelização e lealdade.


O objetivo da empresa deve ser o de transformar a cliente em uma fã, porque não evangelizadora da marca, para que ela indique e recomende o produto ou serviço. 

E isto não tem nada haver com as verbas investidas em propagandas para atingir estas consumidoras, mas sim no poder do boca a boca do que falam da sua marca. Isto é feito na construção da sua marca que começa na própria empresa.

É primordial que seus funcionários e fornecedores estejam engajados com ela – a sua marca. Além disso, é importante que estes mesmos funcionários ouçam o que as consumidoras têm a dizer para eles.

Algumas empresas brasileiras foram citadas como “engajadoras” seja por ela manter um bom relacionamento com o fornecedor e capacitá-lo, como no caso da Natura que cuida de toda cadeia para chegar ao consumidor, ou pela preocupação da empresa em dialogar diretamente com a consumidora por meio das redes sociais, como a L’oreal.

Vale ainda ressaltar algumas outras palavras que foram destaque no Fórum:

Mobile: Que já temos falado desde o começo do ano, mas vale enfatizar a influência desta tecnologia em aliar a vida offline e a online e a identificação de cinco situações que o sistema móvel viabiliza, que são: 1. Conexão social;  2. Registro de dados; 3. Matar o tempo; 4. Exploração; 5. Lealdade.

Democratização: os consumidores estão mais exigentes e não aceitam produtos/serviços medianos. O Marketing de Luxo está mais acessível para as massas, o que não quer dizer que se popularizou.

Co-criação: A grande sacada das empresas é deixar que os consumidores os ajudem a criar os produtos/serviços que serão utilizados por eles. Neste caso, é válido citar o case apresentado da brasileira Tecnisa que enxergou o poder do consumo da Terceira Idade e realizou um projeto baseado no que estes consumidores determinaram ser importante.

Transparência: É importante estar focado no comando e não no controle da empresa. Com o compartilhamento cada vez mais rápido das informações é difícil controlar o que se fala e o que se faz nas empresas, mas com a transparência é possível manter a estratégia, a organização e o preparo. E para isso é preciso aprender, dialogar, apoiar e inovar.

Elas querem uma empresa ECOSOCIPOLIECONOMICAMENTE correta

Em janeiro deste ano no Fórum Internacional de Varejo que acontece em Nova York, nos Estados Unidos, as palavras de ordem que foram levantadas para indicar tendências para os próximos anos foram: mobilidade e sustentabilidade.

 

Em mobilidade temos visto um avanço sistêmico como já é de se esperar da tecnologia.

Mas em sustentabilidade gostaria de debater um pouco sobre o que presenciamos ao longo destes 8 meses de 2011 sob olhares femininos.

 

Há alguns anos atrás ser uma empresa sustentável era vesti-la de verde, além de reciclar papéis e demais objetos.

 

Hoje, ser sustentável abrange toda a cadeia – desde a escolha do fornecedor ideal para a empresa até a entrega do produto ou serviço ao consumidor final, utilizando o famoso tripé: Profit (Lucro), People (Pessoas) e Planet (Planeta).

 

Mas o que tudo isso tem haver com as mulheres?

 

Atualmente para vender para o público com maior poder de decisão (elas detêm 66% das decisões de compras no Brasil) ser sustentável é primordial.

 

As mulheres são e estão cada vez mais seletivas ao avaliar uma empresa. Elas não olham somente para fatores como preço e qualidade, mas avaliam todo o DNA da empresa em um piscar de olhos.

 

E sabe por que elas fazem isso? Porque para a mulher tudo tem importância! Não tente enganar uma mulher. Ela tem sempre um raio X para avaliar cada detalhe minuciosamente.

 

Alguns acontecimentos em que vimos marcas renomadas nos últimos tempos perdendo a credibilidade só enfatizam a preocupação que todas as empresas devem ter na cadeia produtiva de seus produtos e serviços para assim trabalhar um marketing eficiente e real.

 

Casos como o da marca Brastemp em que um consumidor indignado pelo mau atendimento prestado pela empresa colocou um vídeo no You Tube relatando o acontecimento e que tem milhões de acessos; ou como a tentativa de lançamento da coleção de peles de animais da Arezzo; e recentemente a repercussão do trabalho escravo na confecção de roupas das lojas Zara são exemplos da falta de acompanhamento de todo o processo dentro de uma empresa.

 

Todos estes fatos foram comentados por milhares de mulheres dentro e fora das redes sociais, com grande desapontamento delas em relação às marcas. Porém, as marcas Brastemp e Arezzo fizeram ações para reverter o quadro de descontentamento.

 

A Brastemp lançou no mesmo canal (You Tube) a Campanha do Sorriso, para mostrar a preocupação da marca com o social e a Arezzo enviou um pedido de desculpas oficialmente pelos canais de vendas e suspendeu a coleção. Já o caso Zara ainda está sob avaliação.

 

Mas, o esforço despendido em cada uma destas empresas foi enorme.

 

Talvez as consumidoras não deixem de comprar estas marcas, e talvez até se esqueçam dos episódios com o passar do tempo, mas com toda a certeza estes fatos irão pesar nas escolhas destas mulheres por estas marcas por um bom tempo.

 

Ser ECOSOCIPOLIECONOMICAMENTE correto não é nada fácil, mas já deve fazer parte das empresas que queiram vender de forma sustentável para homens e, principalmente para mulheres.

terça-feira

Beleza Feminina- mas que padrão seguir?

Na semana passada foi notícia em muitos portais da internet a proibição de dois anúncios de beleza das marcas Lâncome e Maybeline (pertencentes à L`Oréal) que seriam veiculados na Inglaterra.

Anúncios estes estrelados pelas divas Julia Roberts e Christy Turlington e que tiveram a interferência da Advertising Standards Authority do Reino Unido após serem considerados enganadores.

A associação britânica teria recebido queixas de que as fotos foram alteradas digitalmente e que o resultado causado com estas mudanças criaria uma ideia falsa de beleza, pressionado as mulheres a buscarem por algo inatingível.

A L`Oréal admitiu ter utilizado ferramentas digitais de retoques nas fotos, mas insistiu que o resultado dos produtos era fiel ao que seria mostrado.

Há alguns anos atrás, em contrapartida a tudo isto que presenciamos nesta semana, o case de sucesso Dove, da Unilever, estrelou uma campanha mundial de mulheres que fugiam do padrão de beleza “corpo perfeito” e que pregavam a felicidade de apresentar a “real” beleza.

Para chegar nesta solução unânime de sucesso a Unilever encomendou uma pesquisa que obteve os seguintes resultados:

Apenas 2% das mulheres se descrevem como bela;
59% acreditam que mulheres fisicamente atraentes são mais valorizadas pelos homens;
68% concordam que a mídia utiliza padrões irreais e inatingíveis de beleza;
75% querem que a mídia retrate a beleza como pessoas normais;
76% dizem que a mídia retrata a beleza baseada mais na atratividade física do que na beleza;
77% disseram que a beleza pode ser alcançada também por meio das atitudes e outros atributos não relacionados com a aparência física;
54% das brasileiras já consideraram submeter-se a cirurgia plástica.

Com estes dados percebemos o quanto as mulheres são pressionadas por um padrão de beleza fora do comum e o porquê do sucesso da campanha que as fez se sentirem “naturalmente” bonitas, sem se cobrarem por isso.

Sucesso no mundo inteiro, a campanha, que hoje direciona toda a linha de comunicação da marca, foi criada para estimular as brasileiras a questionar os atuais padrões de beleza e se sentirem mais bonitas, valorizando suas próprias características.

Porém, apesar de todo o sucesso e abertura de um novo horizonte – “diga não ao que não é natural”, acompanhamos muitas empresas caindo em armadilhas de explorar o que não existe.

Algumas consumidoras já vêm isso como um alerta enganoso, como provado nesta última semana na Inglaterra, mas a maioria ainda é refém do padrão colocado pela mídia.

E esta busca incessante pela beleza inatingível não pára por aí, como podemos constatar com o crescente número de cirurgias plásticas e principalmente cada vez mais cedo na vida de uma mulher.

Estas evidências são comprovadas por notícias de que as adolescentes já estão colocando silicones e muitas vezes são incentivadas por suas mães, que financiam as primeiras plásticas das filhas. E fica aqui a pergunta: não deveria ser o primeiro sutiã ao invés da prótese?

Apesar de 91% das mulheres preferirem mulheres normais em campanhas publicitárias, poucas estão satisfeitas com seu próprio corpo. Isto é fato.

E esta pressão pela busca do corpo perfeito ainda existirá durante muitos anos, mas as empresas de cosméticos e produtos femininos no geral deveriam ser as primeiras a conduzir o movimento da “real” beleza.

Que tal utilizar os produtos para valorizarem o que cada mulher tem de melhor e não o antídoto para algo que não existe, menosprezando o conhecimento da consumidora?! Este seria um bom começo.