domingo

O uso do marketing em multi plataformas para mulheres

Andando pelos sites que costumo ler me deparei há algumas semanas com um case bem interessante da marca de roupas GAP sobre uma ação de marketing em diferentes plataformas.

Temos escutado muito sobre as novas tendências do mobile marketing, sobre a comunicação integrada do marketing online e offline, mas pouco temos visto de ações concretas das marcas voltadas para o uso criativo e diferenciado das novas tecnologias relacionadas à mobilidade.

São ferramentas novas e que muitas empresas ainda estão testando ações para melhor utilizar todo o potencial oferecido.

A GAP, marca de roupa feminina e masculina, localizada nos Estados Unidos (e com perspectiva de abertura de lojas no Brasil) lançou uma campanha bem inusitada. Para relançar a sua marca Old Navy a marca GAP se transformou em uma gravadora de discos. Isto mesmo, você não leu errado! A GAP passou a gravar novos hits musicais e produzir vídeoclipes com algumas bandas para promover suas coleções.

Cada vez que o usuário escuta a música produzida pela marca se acionar o aplicativo Shazam (um aplicativo de celular que reconhece as músicas e quem está tocando no ambiente do som) a pessoa é direcionada para o site mobile da marca (rock the band’s look). E neste site pode comprar as roupas que são iguais às usadas no vídeoclipe da música – todas da coleção Old Navy.

Na correria do dia a dia, em que as pessoas não largam seus celulares para nada; e a mulher, por exemplo, que costuma fazer um monte de coisas ao mesmo tempo, esta ação é uma forma bem interessante e inteligente de marcar presença na vida desta consumidora.

Os hits podem ser escutados e vistos na TV americana, no You Tube e nas lojas da marca Gap envolvendo e conduzindo o usuário(a) a uma experiência de uso por meio da mobilidade e praticidade do celular.

Vale à pena conferir os hits produzidos. Segue um deles:

quarta-feira

Ugg ou seria Uggly?

Coluna Trend By Woman (TBW) por Mariana Yoshimoto

Outro dia eu vi uma palestra com o Tommy Hilfiger e uma pessoa que estudou o estilo preppy (outro dia eu exploro o conceito que é bem divertido). E um dos comentários da pessoa sobre a moda italiana foi o seguinte: "como a moda italiana pode ser classificada como uma referência se vocês usam Ugg e Moncler?".

Nao consegui parar de refletir sobre o assunto, já que sempre insisto em dizer que os italianos tem um senso estético mais avançado do que o nosso - brasileiro. E por isso, a reflexão que deve ser gerada aqui é: como podemos desenvolver a nossa percepção estética e enfrentarmos as barreiras que nós criamos sobre a moda?

Vamos começar pelo fato de que brasileiro muitas vezes se sente inseguro de mostrar o seu estilo sem ser julgado pelo vizinho.

O Brasil é ainda um país relativamente novo, em fase de crescimento e com muita desigualdade social. E a forma de mostrar que alguém tem uma condição financeira melhor do que a outra, muitas vezes é expressado nas roupas que todos vestem.

Não só entramos no mérito de quem tem uma condição financeira melhor, mas também em como as pessoas se enquadram dentro da realidade que elas vivem. Um bom exemplo disso são as tribos que são criadas para que haja identificação entre as pessoas que tem os mesmos gostos. Essa criação de grupos acaba restringindo a relação que cada um tem com as suas roupas! Limita-se o estilo, prevalece os mesmos padrões, sem inovações ou mudanças!

Por outro lado, vejo um grande crescimento de blogs sobre moda e do sucesso das redes de fast fashion (Zara, H&M...).

Muitas meninas acabam copiando os estilos do exterior, principalmente os americanos. Eu apoio muito o benchmarking, mesmo porque, entendo que estas ferramentas de marketing e comunicação estão a disposição para ensinar e ajudar a disseminar alguns momentos da moda.

Mas ainda acho que o povo brasileiro, que é formado de tantas misturas de raças precisa começar a arriscar mais na mistura de tecidos, cores, estampas.... para conseguir desenvolver uma moda brasileira mais significativa no exterior. E nao só sermos uma cópia ou o país da moda praia.

Apoio o consumo das redes fast fashion neste ponto que o Brasil está. As grandes marcas desenvolvem grandes estudos (tendências, cores, estilos, tecidos...) para criar uma coleção. Quando as fast fashions desenvolvem as suas coleções baseadas nas marcas de referência da moda (Prada, Gucci, Dolce&Gabanna, Missoni...), elas acabam educando o consumidor que é alheio à moda. Cria-se uma disseminação das coleções e pessoas que antes nunca pensavam sobre moda, acabam sendo impactadas e absorvem algum conhecimento estético.

A reflexão sobre o assunto é longa, mas vamos torcer para que a moda seja mais disseminada, os julgamentos acabem, e que as ruas do Brasil fiquem longe das botas Uggs e jaquetas Moncler!

Um abraco,
Mariana Yoshimoto