No mês de novembro aconteceu
a Semana Global do Empreendedorismo (de 14 a 20/11) em todo o território
brasileiro promovida pela Endeavor no país, com atividades destinadas a
alavancar o empreendedorismo.
De acordo com o levantamento da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) o Brasil registrou em 2010 o melhor desempenho nos 11
anos em que participou da pesquisa.
A Taxa de Empreendedores em
Estágio Inicial (TEA) foi de 17,5% da população adulta, o que significa que, de
cada 100 brasileiros de 18 a 64 anos, mais de 17 são empreendedores em negócios
com até três anos e seis meses de atividade. São 21,1 milhões de pessoas. Em
relação a 2009, a TEA do país subiu 2.2 pontos porcentuais.
O levantamento mostra também que 22,2% dos empreendedores têm entre 25 e 34 anos de idade.
E aqui fica o ponto de
destaque deste artigo: os homens
voltaram a superar as mulheres, respondendo por 51% do total de
empreendedores no país, sendo que em 2009 as mulheres representaram 53%.
Isto prova a presença maciça
dos homens no mercado de trabalho em geral e também no empreendedorismo.
O que não quer dizer que as
mulheres não tenham avançado neste setor (empreendedorismo), pelo contrário, o
crescimento da participação delas é bem significativo nos últimos anos,
passando de 35% em 2006 para o ápice em 2009 – com 53% e retornando para 49% em
2010.
Porém, ainda temos algumas barreiras burocráticas que
pesam mais para as mulheres, tais como a falta de tempo, muitas vezes, devido
aos afazeres do lar que ainda são de responsabilidade majoritária delas. E que
pode causar a interrupção de um projeto empreendedor.
Outra barreira: a própria visão das empresas em
relação ao papel feminino. Vale aqui contar um pequeno exemplo, mas que reflete
bem o que quero passar.
Se você for a uma livraria e observar como eles
dividem os departamentos de revistas saberá do que estou falando. Todas as
revistas ditas como “femininas” (de moda, decoração, fofoca e culinária) ficam
de um lado e todas as revistas segmentadas como “masculinas” (de carros,
mulheres, tecnologia, games e negócios) ficam do outro lado.
Se você é uma mulher empreendedora terá que adentrar o
universo “masculino” para pegar uma revista de negócios, ou seja, o mundo dos
negócios ainda é separado para o homem.
Exemplo simples, mas que demonstra o quanto ainda as
mulheres têm que trilhar para conquistar melhores índices de participação ativa
no empreendedorismo.