segunda-feira

Românticas e com conceitos diferentes sobre o casamento

Com o Casamento Real do príncipe William e da plebéia Kate Middleton, em abril de deste ano, o romantismo e o conto de fadas estiveram presentes na cabeça das mulheres de todo o mundo.

Uma pesquisa realizada pela Consultoria de Marketing Feminino Delas! Mkt com as internautas brasileiras mostrou que 85% das entrevistadas assumem ser românticas. Mas, quando questionadas sobre vontade de estar no lugar da princesa Kate Middleton, somente 27% disseram ter este desejo.

A pesquisa foi realizada com 100 mulheres de todo o território brasileiro, acima de 15 anos de idade, de todos os estados civis, pertencentes às classes sociais AB, e que responderam à pesquisa online.

Quando o assunto é casamento, a vontade de fazer ou o fato de já ter realizado uma cerimônia religiosa é apontado por 67% das entrevistas.

Enquanto que realizar uma festa para comemorar o enlace tem um índice maior de aprovação, chegando a 90%. Isto pode ser explicado pelo aumento no número de divórcios, o que não permite o casamento na igreja pela segunda vez e também pela mudança do perfil da mulher brasileira ao longo dos anos.

O conto de fadas de infância pode não estar mais tão presente na vida das mulheres atuais. Das 27% entrevistadas que gostariam de estar no lugar da princesa o que mais as deixariam atraídas por este papel seria o “amor que os príncipes Kate e William representam ter”. Em seguida vem o “status de ser uma princesa” e somente em terceiro lugar vem o “Conto de fadas”. O “dinheiro” e a “beleza do príncipe” vêm na sequência.

Com foco na ascensão de carreira, a mulher atual, diferente da “amélia” do passado, posterga o casamento, o qual muitas vezes acaba ficando para segundo plano.

E neste contexto, é percebido que o fator idade influencia bastante na decisão sobre como elas pretendem planejar o casamento. Se tivessem a idade de Kate (29 anos) somente 36% das entrevistadas fariam uma cerimônia como a inglesa. E este número é ainda menor entre as mulheres acima dos 30 anos – apenas 20% fariam a festa como a da princesa da Inglaterra.

Apesar do casamento não ser mais o foco principal das mulheres ainda é considerado por 51% como “uma data importante em sua vida”. Porém, já é considerado por 20% das entrevistadas como “uma cerimônia/tradição que não combina com ela”.

Não dá para negar que o Casamento Real retomou o “conto de fadas” para muitas mulheres. No entanto, segundo as brasileiras, o romantismo ligado ao amor verdadeiro é o que prevalece.

Yes, we have bananas!

Coluna Trend by Woman (TBW) por Mariana Yoshimoto

Escolhi esse mês uma marca específica para contar a sua história: a Prada. A escolha é justificada nas 48 de capas de revistas pelo mundo, editoriais, blogs que eles marcaram presença. Além do tema dessa coleção ser fascinante.

A marca italiana nasceu com Mário Prada em 1913. Ele costumava desenhar bolsas, sapatos, malas para duas lojas em Milão e tinha clientes na Europa e nos Estados Unidos. A marca começou a ganhar reconhecimento quando começou a desenvolver peças de couro, principalmente para pessoas que viajavam de avião e buscavam resistência com glamour.

Em 1978, sua neta Miuccia Prada assumiu a empresa. Ela que não tinha nenhuma experiência com moda, pelo contrário, estudava teatro e tinha um PhD em ciências políticas, continuou focando todas as suas coleções em peças de couro. Alguns anos depois, ela teve a ajuda do seu marido que assumiu a parte financeira da empresa e ela ficou com a parte criativa. E essa combinação acabou gerando o sucesso que a marca é hoje.

Em 1990, Prada já era uma marca bem estabelecida. As suas peças eram reconhecidas como sofisticadas e de alta qualidade. As roupas tinham um estilo simples, mas usavam tecidos luxuosos e as cores que dominavam eram: preto, marrom, cinza, verde e bege.

Ao contrário dos anos 90, a última coleção Primavera/ Verão 2011 é recheada de cores e vida. O tema da coleção é baseado em dois personagens muito marcantes na história da cultura: Carmem Miranda e Josephine Baker. Além de muitas referências mexicanas (não foi dito que teve influência em Frida Kahlo, mas pode-se notar alguns detalhes que poderiam ser atribuídos a ela).

Carmem Miranda que era filha de português e se transferiu com os pais para o Brasil, fez sucesso colocando a música brasileira em evidência nos Estados Unidos, em 1939. Ela era encantadora com suas roupas e chapéus cheios de babados e frutas. Além de abusar de salto alto, já que ela era muito baixa! E por isso usava plataformas imensas.

Já Josephine Baker foi uma cantora e dançarina de origem americana com africana que depois se naturalizou francesa. Essa mistura de culturas propiciou que ela se destacasse e fosse a primeira artista negra a fazer sucesso na França. Ela ficou conhecida, principalmente por cantar uma música chamada: “Yes, we have no bananas” quase nua ou apenas com uma saia feita de bananas.

Toda essa pesquisa foi a base do desenvolvimento dessa coleção da Prada: todas as cores utilizadas, muitas bananas, babados, chapéus, saias e muitas plataformas. Vale à pena dar uma olhada na coleção (ou comprar as roupas que a Zara já fez com todos os inputs desse desfile da Prada no lançamento da Europa). Moda esta que já é um sucesso inclusive entre os asiáticos, que foram as compras, e fizeram o lucro da marca subir 51% na região.

E fiquem de olho, que no próximo mês, a marca fará um IPO (dizem que será em Hong Kong). E palpites são bem vindos para saber qual é o valor da marca. Alguém quer arriscar?

Um abraco,
Mariana