No quesito moda, especialmente, o Brasil está em voga. Aqui em Milão, se fala muito de como o Brasil será um mercado importante para a Itália.
Na revista Fashion Illustrated de Fevereiro de 2011 saiu uma matéria que chama: Focus Brasile. A matéria de 2 páginas conta detalhes muito interessantes do Brasil na moda e ainda mostra duas fotos: uma do desfile do Alexandre Hercovitch e a outra do desfile da Animale.
A matéria começa contando a história da chegada das primeiras grandes marcas italianas no Brasil, como por exemplo, Armani, Versace e Ferragamo. Já a Bulgari, está no Brasil a 10 anos. E fazendo referência ao Carre d’Or em Milão, que são quarteirões que possuem as marcas mais importantes da moda. Eles dizem que as marcas italianas chegam no Brasil e abrem lojas principalmente, entre os quarteirões da Oscar Freire, Bela Cintra, Haddock Lobo e Lorena.
Segundo estimativa de uma empresa especializada em consultoria econômica, Prometeia, em 2015 a população brasileira de ricos deverá superar 6,6 milhões de euro. E reforçam que embora os impostos sobre produtos de tecido e de vestimenta sejam altíssimos, ainda identificam que há um grande interesse pela moda italiana, já que a população brasileira valoriza a qualidade e o requinte do Made in Italy.
Podemos ver o quanto o mercado brasileiro é relevante para a Itália, já que a exportação do setor de tecido e de moda foi de 52 milhões de euros nos 10 primeiros meses de 2010.
A Missoni, marca forte no território italiano, chegou ao Brasil em 2009, no Shopping Iguatemi, em São Paulo e em 2010 abriu uma franquia no Shopping Iguatemi de Brasília.
Vittorio Missoni diz que a intenção é abrir uma loja no Rio de Janeiro o mais breve possível. Porém, ele afirma o quanto a burocracia de uma economia protecionista, complica a expansão dos negócios. E entende que o Brasil sofre, além dos impostos, com a alta concentração de poucos estabelecimentos para abrir lojas, já que a dinâmica brasileira é baseada em shoppings.
O que restringe, já que em São Paulo, só existe o Shopping Iguatemi e o Cidade Jardim focados no segmento de luxo.
A expectativa de abertura do Shopping JK está animando os investidores italianos.
E além dessa concentração, Vittorio diz que o consumidor que tem poder aquisitivo para comprar na Missoni, muitas vezes não tem paciência para esperar a coleção que já foi lançada na Europa ou nos Estados Unidos chegar ao Brasil e prefere fazer as suas compras no exterior. O que diminui o interesse pela compra da coleção do Brasil, que devido à diferença de estações, não é a mesma do hemisfério Norte.
Só para visualizarmos o investimento italiano no Brasil, seguem alguns exemplos de investimento publicitário em 2010:
Marca Meio de comunicação $ US
Brooksfield Revista 655.808
Diesel Revista 395.863
Dolce & Gabbana Revista 622.645
Emporio Armani Revista 889.669
Prada Revista 399.834
Roberto Cavalli Revista 755.843
Trussardi Revista 2.085.172
Fica a dica, se você tiver com algum dinheiro sobrando para investir, abra um shopping de luxo que o Brasil ainda continua carente. Os italianos agradecem.
Abraços,
Mariana